domingo, 17 de maio de 2009

A um (com)passo pro mundo...


O desenvolvimento mais importante do jazz durante os anos de 1910 e 1915 foi o êxodo gradual dos músicos de New Orleans. Nesse período, muitos negros americanos decidiram se mudar do sul racista dos Estados Unidos em direção ao norte – relativamente mais libertário. Alguns músicos de espírito mais explorador começaram a se espalhar por novos territórios ou para aonde havia possibilidade de trabalhos mais lucrativos.

Foi nesse contexto que o jazz foi apresentado à Califórnia, pelo baixista Bill Johnson (ele é considerado o pai do estilo de ‘bater‘nas cordas do baixo – “slapping”). Em 1914, ao lado do cornetista Freddie Keppard (um dos “top” que vieram depois de Buddy Bolden), formou a Original Creole Orchestra, que seria uma das primeiras bandas de jazz a chegar a Nova Iorque. Além da Califórnia, uma comunidade de jazzistas negros também se formava em Chicago, cidade que se tornaria o centro do jazz da década seguinte.

Em 1916, Freddie Keppard cometeu certamente um dos seus maiores erros. Com medo de que outros cornetistas copiassem suas composições, ele recusou o convite de ser o primeiro jazzista a ser gravado (ele só teve outra chance de gravar seu próprio disco em 1926, mas a essa altura seu talento estava ofuscado pelo de Louis Armstrong).

Quem entrou para a história como primeira gravação de jazz foi, então, a Original Dixieland Jazz Band, em 1917. Esse feito representou um marco para a expansão do gênero ao redor dos Estados Unidos, se estendendo à Europa e ao resto do mundo. O impacto da gravação foi imediato: a música mundial nunca mais seria a mesma.

A Original Dixieland Jazz Band (que havia sido criada em Chicago, mas que se tornou sensação em Nova Iorque) estava lançando a “era do jazz”. As primeiras músicas a serem gravadas foram “Darktown Strutters Ball” e “Indiana” para a Columbia. Mas a gravadora não sabia o que pensar daqueles sons “selvagens” e decidiu não lançar as gravações, com medo da recepção do público. Um mês depois, a ODJB gravou mais duas canções pelo selo Victor: “Livery Stamble Blues“ e “Diexie Jazz Band One Step” e, rapidamente, a primeira virou um hit. Não demorou muito para a Columbia lançar “Darktown Strutters Ball” e, instantaneamente, começar a surgir dezenas de gravações de outras bandas de jazz formadas por músicos brancos tentando imitar a ODJB.


Daí, assim como o termo “rag” até 1915, “jazz” começaria a ser usado a torto e a direito nos títulos de bandas e músicas da década de 1920.

Ah! A ODJB gravou ao todo 53 músicas entre 1917 e 1923. 23 delas estão no álbum The Complete Original Dixieland Jazz Band (além delas, esse cd duplo tem todas as músicas da fase de retomada da banda, em 1936).

(Ainda não descobri como posta música... Prometo tentar ver isso amanhã. Ah! Alguém aí sabe???) :P
Beijos!

2 comentários:

  1. http://dicasparablogs.blogspot.com/2007/12/colocar-musica-no-blog.html

    ;)

    vou começar a vir aqui com papel e caneta! meu problema eh so a chamada... :P

    bjos! ;)

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  2. ahahahah! Não se preocupe, eu não reprovo por falta. :P

    Obrigada pelo link. :)

    beijos!

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