quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um Passeio por Charleston e Chicago


Continuando nosso passeio pelas origens do jazz, transportemo-nos aos anos 1920...

Na primeira metade dessa década, à proporção em que as gravações se tornavam comuns e espalhavam a música ao redor do globo, o jazz começou a evoluir exponencialmente. O gênero mudou mais nesse período do que nos vinte anos anteriores. Nomes como Original Dixieland Jazz Band e Mamie Smith, que em 1920 eram novidades, em 1926 já eram considerados relíquias do passado ou ultrapassados. Quem assumia o posto de novidade agora eram artistas como Louis Armstrong, Bessie Smith e James J. Johnson.

Mas antes de falar desses artistas, falemos um pouco sobre o contexto histórico desse período... Shall we? :P

Tendo se tornado uma potência mundial durante a Grande Guerra, os Estados Unidos começavam a fazer aquilo que são bons até hoje: se voltar ao próprio umbigo e ignorar o resto do mundo. O território norteamericano (agora sem hífen – eheheh) estava próspero e não havia perspectiva de novas guerras. Ao contrário, havia um clima de otimismo entre os cidadãos - mesmo com a Lei Seca e com o auge de popularidade da Ku Klux Klan (pois é :/).

Como todos achavam que não haveria mais grandes guerras, muitos americanos estavam concentrados em construir seus próprios negócios, fazer dinheiro (muitos através do boom da bolsa de valores) e, claro, se divertir, dançando ao som daquela música chamada "jazz" e experimentando um novo passo de dança, chamado "Charleston".

Vocês também podem aprender, ó (ehehehe):





Diante da ilegalidade do consumo de bebidas alcoólicas, proliferavam-se bares ilegais, clubes noturnos e cassinos clandestinos pelas cidades... Os gangsteres tomavam conta do submundo norteamericano... Mesmo que estivesse começando a se proliferar e a influenciar a música popular da época, o jazz era considerado basicamente uma forma de entretenimento. Praticamente não se falava da música como sendo uma importante forma de arte e não existiam publicações de textos sérios sobre o assunto. Seu principal objetivo naquela época, pelo menos para o grande público, era inspirar os dançarinos e suas performances - ainda muito ligadas aos espetáculos de vaudeville.

Para quem gosta de cinema, o musical “Chicago” (diretor Rob Marchal), conta a história real das assassinas Velma Kelly e Roxie Hart, que se conheceram na prisão e se tornam famosas dançarinas deste tipo de espetáculo, justamente na década de 1920.





Ah! Essa música não foi feita nos anos 20! Ela foi composta por John Kander e Fred Ebb para a peça musical "Chicago" (de 1976), que foi transformada nesse filme de Rob Marchal, lançado em 2002. Enfim, eu adoro essa música anyway. :)

Beijos!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Desenvolvimento como Liberdade



Hoje eu estou empolgada porque minha mais nova aquisição chegou: o livro "Desenvolvimento como Liberdade", de Amartya Sen. O bangladeshiano é tão retado que ganhou o prêmio Nobel em Ciências Econômicas, em 1998.
Para quem não sabe (ta vendo, esse blog também fala da minha vida! eheheh), eu estou cada vez mais voltada a estudar/trabalhar com projetos e ações socioculturais que têm em vista o Desenvolvimento Sustentável: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental.

Pelo visto, esse livro tem tudo a ver, porque parece que a tese que ele defende é de que para haver liberdade é preciso haver possibilidade de escolha. E para se ter a noção de que há possibilidade de escolha, é preciso ter desenvolvimento. A pobreza seria, assim, uma privação de capacidades.

Folheando o livro, o que me chamou a atenção foi a familiaridade com os temas. Sabe aquela sensação que a gente tem quando um bom professor explica alguma coisa de forma tão simples que o complicado vira óbvio? A sensação que dá é de que você já detinha aqueles conhecimentos no seu interior, e que o professor só o ajudou a iluminar (desvelar) aquilo que você não conseguia ver antes... Como o que Sócrates dizia sobre o caminho individual para o conhecimento (não é isso, Marcinho? rsrs).

Estou ansiosa pela leitura. Quem se interessar pelo tema, pode aguardar alguns posts aqui.

Beijos!

Ah! Quem me indicou esse livro foi Larissa. Obrigada, Lara! :)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Aquela Voz Negra Feminina e uma Orquestra de Branquelos Retados


Com o fim da I Guerra Mundial, em 1918, os Estados Unidos emergiam como uma potência mundial (começava a expansão imperialista norteamericana, lembram das aulas de história? Eheheh). Foi nesse contexto, portanto, que a Original Dixieland Jazz Band se tornou o primeiro grupo de jazz a visitar a Europa, em 1919. A temporada de 9 meses no Hammersmith Palais, em Londres, rendeu grandes manchetes nos jornais da época e fizeram com que surgisse uma onda de jazz na Europa. A banda chegou a gravar 17 músicas em solo britânico, retornando aos Estados Unidos em 1920.

Em 14 de fevereiro deste mesmo ano, aos 36 anos de idade, Mamie Smith entrava para a história como a primeira cantora negra (não-gospel) a gravar uma canção. Ela fez sua estréia com as músicas “That thing Called Love” e “You Can’t Keep a Good Man Down”. Como as vendas foram boas, Mamie teve a chance de lançar mais duas gravações: “Crazy Blues” e “It’s Right Here For You”. Em 6 meses, ela vendeu mais de 1 milhão de cópias (pasmem!): o blues virava febre nos Estados Unidos.


Mamie Smith havia começado sua carreira dançando com um grupo de vaudeville (chamado "Four Mitchels") e cantando em clubes do Harlem. Para quem não sabe, ou não se lembra, vaudeville era a forma de entretenimento mais popular nos Estados Unidos no final do século XIX e início do século XX. Era uma mistura de dança, música, encenação, mágica, truques... Os primeiros truques que antecederam a criação da arte da animação, inclusive, datam desta mesma época, através do trabalho de artistas desse gênero (se eu bem me lembro o meu TCC... rsrs).


Mas vale lembrar também que, tecnicamente, o blues de Mamie Smith não foi o primeiro a ser gravado. W.C. Memphis Blues Band já havia gravado “Memphis Blues”, em 1914, e a ODJB já agradara o público com “Liberty Stable Blues”. Mas, de fato, era a primeira vez que a voz de uma vocalista negra era capturada e influenciava diversos outros músicos.

Até o início dos anos 1920, pelo menos em gravações, o mundo do jazz se dividia em dois: de um lado, a ODJB e seus seguidores, que tocavam de ouvido e buscavam liberdade de improvisação; por outro, as grandes orquestras dançantes, com arranjos elaborados e rigidez formal, que não dava espaço para o improviso. A orquestra de Paul Whiteman foi uma das mais significativas.



Criada em 1918, em São Francisco, a Paul Whiteman Orchestra se estabeleceu em Nova Iorque em 1920, onde gravou seu maior sucesso de vendas: “Whispering”. Paul Whiteman era tido como um dos líderes do jazz na época e conceituado como o "músico que suavizou e refinou os aspectos primitivos” da música apresentada pela ODJB. Ele era chamado pela imprensa de "rei do jazz".

Ao final de 1920, o sucesso da ODJB, de Paul Whiteman e de Mamie Smith inspirava os selos a gravarem mais jazz. Mas, vale lembrar, quase todas as gravações eram feitas em Nova Iorque e muito poucos negros tiveram a chance de ter seu trabalho registrado para a posteridade. Por isso, tentar retratar o mundo do jazz apenas com base nos registros sonoros seria uma leviandade. O buraco, com certeza, era mais embaixo.

------------------------------------

Ah! Olha que chique! Agora vocês podem ouvir as músicas! Graças à ajuda de Ricardo, que me deu um passo a passo sensacional (que eu nunca descobriria sozinha). Thanx! =)

Beijos!




<

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Quitando Dívidas


Apesar da ajuda (obrigada, Ricardo!), ainda estou com dificuldades para postar somente as músicas aqui (vocês conhecem minhas limitações virtuais - eheheh):/

A solução paliativa encontrada foi, portanto, postar esses vídeos do YouTube. :P Mesmo que não tenham lá imagens muito interessantes, eu optei por postá-los (em vez de outros que mostram pessoas tocando de verdade) porque queria postar mesmo as versões originais. Tentem então se focar no som, beleza? That's it. Enjoy yourselves! :)
Beijos!





domingo, 17 de maio de 2009

A um (com)passo pro mundo...


O desenvolvimento mais importante do jazz durante os anos de 1910 e 1915 foi o êxodo gradual dos músicos de New Orleans. Nesse período, muitos negros americanos decidiram se mudar do sul racista dos Estados Unidos em direção ao norte – relativamente mais libertário. Alguns músicos de espírito mais explorador começaram a se espalhar por novos territórios ou para aonde havia possibilidade de trabalhos mais lucrativos.

Foi nesse contexto que o jazz foi apresentado à Califórnia, pelo baixista Bill Johnson (ele é considerado o pai do estilo de ‘bater‘nas cordas do baixo – “slapping”). Em 1914, ao lado do cornetista Freddie Keppard (um dos “top” que vieram depois de Buddy Bolden), formou a Original Creole Orchestra, que seria uma das primeiras bandas de jazz a chegar a Nova Iorque. Além da Califórnia, uma comunidade de jazzistas negros também se formava em Chicago, cidade que se tornaria o centro do jazz da década seguinte.

Em 1916, Freddie Keppard cometeu certamente um dos seus maiores erros. Com medo de que outros cornetistas copiassem suas composições, ele recusou o convite de ser o primeiro jazzista a ser gravado (ele só teve outra chance de gravar seu próprio disco em 1926, mas a essa altura seu talento estava ofuscado pelo de Louis Armstrong).

Quem entrou para a história como primeira gravação de jazz foi, então, a Original Dixieland Jazz Band, em 1917. Esse feito representou um marco para a expansão do gênero ao redor dos Estados Unidos, se estendendo à Europa e ao resto do mundo. O impacto da gravação foi imediato: a música mundial nunca mais seria a mesma.

A Original Dixieland Jazz Band (que havia sido criada em Chicago, mas que se tornou sensação em Nova Iorque) estava lançando a “era do jazz”. As primeiras músicas a serem gravadas foram “Darktown Strutters Ball” e “Indiana” para a Columbia. Mas a gravadora não sabia o que pensar daqueles sons “selvagens” e decidiu não lançar as gravações, com medo da recepção do público. Um mês depois, a ODJB gravou mais duas canções pelo selo Victor: “Livery Stamble Blues“ e “Diexie Jazz Band One Step” e, rapidamente, a primeira virou um hit. Não demorou muito para a Columbia lançar “Darktown Strutters Ball” e, instantaneamente, começar a surgir dezenas de gravações de outras bandas de jazz formadas por músicos brancos tentando imitar a ODJB.


Daí, assim como o termo “rag” até 1915, “jazz” começaria a ser usado a torto e a direito nos títulos de bandas e músicas da década de 1920.

Ah! A ODJB gravou ao todo 53 músicas entre 1917 e 1923. 23 delas estão no álbum The Complete Original Dixieland Jazz Band (além delas, esse cd duplo tem todas as músicas da fase de retomada da banda, em 1936).

(Ainda não descobri como posta música... Prometo tentar ver isso amanhã. Ah! Alguém aí sabe???) :P
Beijos!

sábado, 9 de maio de 2009

Folha Bordô



Continuando o estudo sobre o jazz... De onde ele veio e quando começou?

Há muitas versões que simplificam a origem do jazz, dizendo que primeiro veio o blues e o ragtime, depois Dixieland... Na realidade, segundo Yanow, o jazz foi um contemporâneo de ambos o blues e o ragtime.

Uma das maiores forças do jazz ao longo do tempo tem sido sua habilidade de incorporar elementos de outros estilos musicais e adaptá-los a sua própria linguagem. E isso vem desde o seu nascimento: ritmos africanos levados aos Estados Unidos pelos escravos e transmitidos através de gerações; combinações de marchas, criando um repertório de síncopes; músicas gospel negra; canções entoadas pelos trabalhadores do campo... Tudo isso contribuiu para o formato expressivo do blues e do jazz. A música clássica contribuiu com a entonação, a técnica e a disciplina.

O nascimento do jazz não tem uma data definida, mas localiza-se num contexto de efervescência musical que tomava New Orleans na virada do século XIX-XX: músicos de diversos países da África, da Europa e da América Latina reuniam-se para tocar em recitais de música clássica, ópera, além de muitas festas e desfiles comemorativos, comandados pelas brass bands (bandas de metais). Aliás, uma das hipóteses do nascimento do jazz remete a essas bandas de metais: como frequentemente tinham que tocar longas canções enquanto marchavam por horas, os músicos teriam começado a improvisar, enriquecendo sua música com variações melódicas e novas ideias...
O cornetista Buddy Bolden é considerado o primeiro jazzista da história. A música que eles tocavam ainda não era chamada de “jazz”, o que só aconteceria entre 1915 e 1916, mas a criação da banda de Buddy Bold, em 1895, é usada simbolicamente para datar o nascimento do gênero. Infelizmente, a documentação sobre a criatividade dos artistas afroamericanos dessa época é praticamente inexistente e tampouco há registros sonoros da produção desses artistas. Na verdade, o jazz só seria gravado pela primeira vez em 1917.

Enquanto o jazz estava em sua versão mais elementar na última década do século XIX, o ragtime conquistava os Estados Unidos e consagrava-se como a primeira expressão afroamericana a se popularizar no país, vivendo seu pico entre 1899 e 1914. O maior sucesso desse período foi Maple Leaf Rag, de Scott Joplin. Foram vendidas mais de 75 mil cópias da partitura de Maple Leaf Rag! (Pois é, nessa época, era assim mesmo que se mensurava a repercussão de um sucesso musical, já que as gravações estavam bem no início – e quase nenhum negro tinha acesso a elas).



PS: Queria colocar a música aqui para vocês poderem ouvir, mas ainda não descobri como coloca mp3 aqui no blog... :/ Vou tentar descobrir e aviso quando rolar...

Beijos!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sobre os Coalas e o Sossego







Sobre os Coalas

Os coalas podem ser os animais mais fofos do mundo... Mas você não imagina os gritos estranhos e as mordidas que eles são capazes de dar quando estão se protegendo...
;)







Sossego

E o que sossega é te ver me conhecendo como sou,
Sem tirar nem pôr.
...E parecer não se incomodar com isso.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Improvisação e Lamento

Pra começar essa fase de estudo compartilhado, comecemos com... Tcharaaam: Música! E não tem pra onde correr, deste vasto domínio artístico, eu fui me bater nele, no mais norteamericano dos sons... That's all about jazz, babe!

Se me perguntarem de onde vem a identificação com esse mundo do improviso de grandes instrumentistas, mas que tem sua origem nos simples lamentos africanos, respondo à la Chicó, do Auto da Compadecida: "Não sei, só sei que foi assim". O que importa é que o som bate aqui no peito, me arrebata, acelera a pulsação e, quando não me faz sair dançando um swing pela casa, me faz sentar num canto, de olho fechado, com uma dor bem blue ao coração.

Os próximos posts vão ter como referência principal o livro Jazz on Record, de Scott Yanow. Pra quem se interessar em ir atrás:

YANOW, Scott. Jazz on Record: the first sixty years. San Francisco: Backbeat Books, 2003.
(sim, além de adorar sumários, eu também adoro referências bibliográficas – eheheh)

Eu podia passar vários dias aqui, tentando definir o que é o jazz... Com certeza ia ouvir um monte de opinião de gente que entende da coisa muito mais do que eu, essa leiga interessada... A gente podia começar falando dos diversos desdobramentos que esse gênero musical teve ao longo da história e todos os estilos que ele gerou... Falar dos que mais impressionam pela técnica, ou dos que mais emocionam pelo sentimento expresso... Mas eu vou aceitar a “sugestão” de Scott Yanow e começar pelo começo. Nos transportar à virada do século XIX para o XX e descobrir quem foram os primeiros a fazer esse som, que era muito diferente do que é hoje... Mas isso no próximo post (rsrs).

Hoje, ficamos com a primeira de três perguntas típicas sobre os primórdios do jazz: O que exatamente é jazz? Onde ele começou? De onde ele vem?... Nenhuma dessas perguntas conseguiu jamais ser respondida de forma definitiva. Por ora, então, ficamos com as respostas de Yanow... Mas elas estão abertas a discordâncias. Se você tiver questões a levantar, críticas à definição dele ou qualquer coisa parecida, utilize a sessão comentários deste blog (fica logo ali embaixo).

O que exatamente é jazz?

A resposta de Yanow para essa pergunta é a que mais gosto das três. Isso porque ele não se limita a tentar explicar o jazz pela técnica, como aquelas definições “duras” ao estilo Wikipédia: “forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime, cujos instrumentos musicais básicos são os metais, palhetas e baterias” (blahhh!!!). Isso é chato demais. É necessário saber essas coisas, não há dúvida, mas esse tecnicismo esvazia o jazz de toda a sua artiticidade, de toda a carga emocional, que é parte da essência do gênero...

Até onde vai uma definição, e ignorando a afirmação de Louis Armstrong (ou seria Fats Waller) de que ‘se você não sabe o que é, não se meta’, o mais próximo que eu pude chegar é dizer que o jazz é um tipo de música que enfatiza a improvisação e que carrega sempre o "sentimento blues".

Tecnicamente, a improvisação seria atingida através da criação de solos e às vezes da combinação de vários instrumentos de forma espontânea. O “sentimento blues” não se referiria à execução da progressão básica do blues (12-bar blues), mas seria alcançado através dos “bends”, que fazem com que a alma do músico se imprima na música. Esses dois elementos seriam as únicas qualidades específicas que o jazz clássico, o swing e o bebop teriam em comum com o de vanguarda, o fusion e o modern jazz... Mas será mesmo??? E aí, o que acham? :P

Beijos!

domingo, 3 de maio de 2009

Table of Contents


O primeiro post foi uma exceção. O blog não vai trazer muito da minha vidinha medíocre, não :P.

Vou escrever mais sobre o que ando lendo. Assim, me estimulo a terminar o que começo a ler (pois é, eu sofro desse mal), compartilho com quem também gostar dos assuntos e uso o pretexto como uma ferramenta anti-idade, porque minha falta de memória precoce tem me preocupado (e muito) nos últimos anos.

Aguardem o primeiro tópico! Em breve.

Beijos.
Essa sou eu: Paula Cruz: cerca de 70% água e o resto de coisas nojentas que habitam o corpo humano...

Às vezes sou feita de álcool.
Às vezes de raiva, é fato.

Quase sempre sou pura expectativa...
Quase sempre sou frustração...

Me pego querendo e querendo
E depois de um segundo, mais não.

Sou impaciente e perseverante
Sou curiosa... e dançante!

Posso ser de tristeza e de dor
Mas sou sempre de sonhos...

E rimar amor...
Sempre vou.