Adoro Sumários
domingo, 4 de julho de 2010
A Perda de Minha Inocência Musical
quinta-feira, 24 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
F(r)ases curtas sobre o eu
eu, ué. e you? - o eu bilingue.
e u e eu? - o eu inseguro.
êêêêê! uuuuuuuuuuuu... - o eu narciso indeciso.
...
de quantas vidas o eu precisa para ser eu?
domingo, 6 de junho de 2010
Sobre o amor, a justiça e a morte
amorreu
a-morreu, amor-réu, amorr-eu:
o amor incrédulo, o amor confesso e o amor-ego.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Um Post Pessoal
Depois de meses afastada desse blog, eu volto com um post altamente pessoal. O que isso quer dizer? Mudança de paradigma? Vontade de transgredir as próprias regras? Vontade de jogar tudo pro alto e sair assim, leve como uma pena planando no ar?
Um pouco de cada, eu acho. Mas o mais importante talvez não seja o motivo que faz a pena correr livre no vento. Se ela se caiu de uma ave, se se desprendeu da mão de um escriba, se é apenas uma ilusão...
Nada importa senão o que está por vir. A chegada. A incrível e excitante incapacidade de prever quando e onde ela vai pousar.
sábado, 8 de agosto de 2009
Música nas Escolas Brasileiras
Para tirar as teias de aranha, uma boa notícia.
Beijo!
A partir de 2011, segundo a lei nº 11.769, a música vai voltar às salas de aula no Brasil. Estudantes do primeiro ao nono ano deverão entrar em contato com a teoria e a prática de transformar sons em arte. Com isso, é recuperada uma disciplina que já foi muito importante no currículo brasileiro até 1956.
Afinal, é público e notório que a canção popular é a mais reconhecida das artes do Brasil, dentro e fora do País. As melodias e a batida da Bossa Nova e o forte impacto da Tropicália são influentes na produção cultural em todo planeta. Mas parece que o sistema educacional brasileiro não mais considerava esse potencial educacional do trabalho com ritmos e melodias.
Para o compositor Felipe Radicetti, coordenador nacional da campanha "Quero Educação Musical na Escola, “a música cumpre um papel mediador das relações sociais e promove o desenvolvimento afetivo das crianças, além disso pode ser usada como um elemento agregador nas outras disciplinas”. E completa: “A educação musical nas escolas tem uma função muito ampla, mas não é a de formar músicos. Ela desenvolve a escuta e portanto atua diretamente sobre a qualidade de fruição da música”.
A opinião também é dividida por Cleide Salgado, que desenvolve o projeto "Música nas Escolas", em Barra Mansa, no Rio de Janeiro. A iniciativa foi criada em 2003 e mais de cinco mil crianças já foram ou estão sendo formadas. Alguns hoje até integram a Orquestra Sinfônica da Cidade, a Banda Sinfônica, a Banda da Cidade e a Drum Lata. “Independente de formar músicos ou não, o aprendizado de música nas salas de aula ensina concentração, disciplina , o desenvolvimento do trabalho em grupo e leva a cultura para toda a família”, diz Cleide.
Segundo ela, desde que 72 escolas da rede pública de Barra Mansa adotaram a música na grade curricular, a cidade reforçou seus laços com a cultura. “As apresentações da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa se tornaram um grande evento popular. É comum também encontrar meninos com seus instrumentos nos ônibus da cidade”.
Para Cleide, o mais importante é que a música faça parte do currículo sem se descuidar das outras práticas artísticas. “O envolvimento com a arte é fundamental na formação de qualquer pessoa, mas eu acho que a escola tem que dar opção para o estudante. Tem que estimular o seu desenvolvimento na área em que ele mais tem aptidão”, defende.
Foi o movimento “Quero Educação Musical na Escola” , do qual Felipe Radicetti faz parte, que retomou o debate da reinserção da música no currículo escolar. Agora com o projeto sancionado, o compositor acredita que “a campanha teve o objetivo de democratizar o acesso a essa educação tão importante a todos os brasileiros”.
Segundo ele, o próximo passo é “implementar a educação musical nas escolas plenamente, tal como nos países desenvolvidos. As dificuldades da educação no Brasil são generalizadas e os nossos números são um escândalo. Estamos tão acostumados com eles, que chegam até a nos parecer aceitáveis”.
As escolas de música, músicos e instituições ligadas à educação começam a pensar como pode ser esse currículo. Uma das iniciativas para debater o assunto é da revista Carta na Escola. O "Seminário Música nas Escolas" irá reunir músicos e educadores no dia 17 de agosto para discutir algumas propostas sobre o ensino de música. Pode ser também um bom momento para se debater o papel da cultura na educação dos brasileiros.
Fonte: Blog Acesso
sábado, 4 de julho de 2009
Três Divinas Gerações
No começo de tudo só havia o Caos, uma espécie de matéria indefinível e eterna, detentora dos princípios fundadores de todos os seres. Dando sentido ao Caos, surgiu Gaia, a mãe universal de todos os seres, também chamada de Terra. O Caos gerou Nix (a Noite), a mãe dos deuses, e Érebo (a escuridão, o criador das Trevas).
Nix e seu irmão Érebo se amaram e, do casamento, nasceram Éter (luz celeste, sem os corpos luminosos) e Hemera (a luz do dia).
Sozinha, Nix ainda deu à luz: o Destino (deus cego da inflexibilidade, que se fez senhor dos homens e das coisas do mundo), Tânatos (a Morte), Hipno (o Sono), a Legião dos Sonhos, Momo (o Sarcasmo), a Miséria, as Hespérides (três irmãs - Egle, Erítia e Hespera - que personificam o dia), as Moiras (três irmãs - Cloto, Láquese e Átropos - que determinavam o destino tanto dos deuses quanto dos seres humanos), Nêmesis (deusa da ética), a Fraude, a Concupiscência (o apetite sexual), a Velhice e Éris (a Discórdia).
Por sua vez, Gaia gerou de si mesma Urano (o Céu Constelado), os Montes e o Mar. Gaia teve muitos nomes: Telus, Cibele, Titéia e Vesta. Como Vesta, casou com seu filho Urano, que se tornou o primeiro rei dos deuses. Deste casamento, nasceram os Titãs e as Titânides, os Ciclopes (gigantes de um olho só) e os Hecatonquiros (que tinham cem braços e cinquenta cabeças).
Os Titãs e as Titânides eram muitos, incluindo Titã (o primogênito) e Cronos (Saturno, o deus do Tempo). Como Cronos desejava ser o primogênito, propôs a seu irmão uma troca de posições. Titã aceitou, mas impôs a condição de que seus descendentes é que seriam os herdeiros do trono. Antes que pensem que ele foi bonzinho em ceder seu lugar ao irmão, saibam que Titã só aceitou a troca porque os oráculos o haviam dito que ele seria destronado por um de seus filhos de qualquer jeito. Cronos aceitou a condição imposta pelo irmão, prometendo eliminar seus próprios filhos. Para proteger-se do assédio do filho e marido, Urano, Gaia armou Cronos com uma foice bem afiada, que ele usou para castrar e destronar o pai, tornando-se rei dos deuses.
Cronos casou com sua irmã Réia. A cada filho ou filha nascido do casamento, o rei os devorava para cumprir o trato com o irmão mais velho, Titã. Mas, quando Réia estava prestes a dar à luz Zeus, decidiu que este filho Cronos não engoliria. Decidiu descer do Olimpo, a morada dos deuses, e foi para uma gruta na ilha de Creta. Depois de nascido, Réia deixou Zeus sob os cuidados de uma de suas ninfas e, para enganar Urano, deu-lhe uma pedra envolta por uma manta, no lugar do bebê. Urano só descobriria que Zeus estava vivo anos mais tarde, quando este destronaria o pai, faria justiça, fazendo-o vomitar seus irmãos engolidos, e começaria seu reinado como o deus supremo, pai de todos os deuses do Olimpo.
Estas são, portanto, as três divinas gerações: 1) a Geração de Urano, marcada pela violência; 2) a Geração de Cronos, o organizador do tempo; e 3) a Geração de Zeus, o legislador.
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Ah! Para quem não sabe, a mitologia grega foi apropriada pelos romanos (e foi assim que chegou até nós). É por isso que muitos deuses têm mais de um nome. Aqui, estou usando os nomes de origem grega e, sempre que possível, o correlato romano, entre parênteses. :)
A figura da imagem é Nix, a personificação da Noite.
Beijos!